sábado, 16 de dezembro de 2006

diário do hospital 3

A noite pela janela do 10º andar era linda. Mais um lexotan pra dormir - viva! - mas a dor agora está se espalhando: costas, estômago, ventre, e uma tossezinha esquisita, a respiração curta, ofegante. Então acordo às 2h30, e adeus meu sonho de pedra, o lexotan desistiu de mim. Tosse pior (quando eu era pequena, minha mãe chamava de tosse de cachorro), sem posição pra dormir, tudo dói.
De repente lá fora o dia amanhece. E aqui dentro meu ar acabou: a tosse seca não pára, a saturação foi a 60, máscara de oxigênio, mudança de planos: tomografia, troca de quarto para o semi-intensivo, monitoramento, pode ser uma pneumonia, uma infiltração pulmonar, uma trombose.
Quero brincar de outra coisa, tem mais graça não.

Um comentário:

Anônimo disse...

Se a doença não nos incomodar ela perde a razão de existir. Se você conseguir rir, ela some!