terça-feira, 2 de janeiro de 2007

entre parêntesis

(há algumas horas escrevo e apago o que deveria ser a carta de abertura de um ano que demorou tanto a começar e no qual foram depositadas tantas vontades disfarçadas de bons presságios. Mas nada acontece, na verdade, estou desde a véspera do ano numa tristeza colossal, como se num dia que não amanheceu. Talvez a chuva que não parou desde a manhã do dia 31; talvez a falta do cigarro que, filho-da-puta, aumenta mais, não diminui; talvez a ressaca, ainda, do hospital; talvez uma certa incompetência para o descanso, eu desde menina detestando as férias; talvez um pouco disso tudo, e uma saudade disforme e imensa de pessoas e coisas que parecem tão impossivelmente distantes: essa falta sem nome e incontornável que é a saudade.
Enfim, triste.
Acho que preciso cantar. Será que eu ainda sei?)

Um comentário:

Anônimo disse...

canta meu bem caaaaaannnnntaa
quero ouvir o seu cantaaaaaaaaaarr!!!