sexta-feira, 8 de novembro de 2013

sete anos

E na virada do sétimo ano, recebo uma bordoada de origem tão improvável. 
O frequentador assíduo, sempre sorridente, atleta vencedor, sentencia: você não tem carisma, não cumprimenta as pessoas, eu venho aqui há tantos anos, você sempre passa do meu lado e me ignora, nunca recebi um olá; você devia descer do seu pedestal, você banca a estrela, você não se importa com o público, todo mundo acha isso. 
Desrnorteio, ardo na garganta, embaço a vista, peço desculpas, corro pro banheiro, choro infantil.
Ontem, hoje e ainda agora. Infantil. 
Tanto amor, meu deus, tanto amor pisoteado no chão sujo e feio. Num dia que cantei bonito, em homenagem ao nosso aniversário. Sete anos, um amor de ouro.
Não tenho determinadas fortalezas, sou só formosura.
Não sei o que fazer com isso.
Queria saber dançar.

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