domingo, 28 de janeiro de 2007

carta ridícula IX

No silêncio fico, de silêncio tremo, em silêncio calo, por silêncio temo, ao silêncio grito, o silêncio corrôo - unhas sangrando, umbigo devastado, coração aturdido. Desentendo no ardil da palavra que de mim se vinga, e compreendo, nos presságios, pressentimentos. Será? Sei-não-sei. E para o silêncio (Senhor de quem me escondo contumaz e covarde), vou em obediência desconhecida pois que mais uma vez teu discurso desanda o meu, e espero - a espera, irmã do desespero, é sempre de onde fujo e para onde devo ir.

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