Na tarde ensolarada de um dia bom, a moça de saia justa sai do fórum e enquanto aguarda o verde troca os saltos por sandalinhas ordinárias, rasteiras, em brilhos.
Atravessa a rua.
Vejo seus pés marcados respirando. Ela rebola devagar, feminil.
Acho isso de trocar os sapatos na rua tão bonito.
Não fosse a miséria toda, eu tinha certeza da poesia que resiste na cidade feia do meu país incivilizado.
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