não sei mais escrever.
queria saber fazer outra coisa.
coloria a folha grande branca com gotas de vermelho e gravava em minha retina a velocidade da absorção e da cicatriz, uma a uma, repetido, molhado e seco circular.
silenciava o vazio com o risco assertivo e no movimento para o infinito imprimia meu gesto no ar que ficava ali, mudo, respirando.
construía um labirinto medieval de seqüência numérica perfeita e indecifrável e dentro dele, uma rosa e um minotauro, paredes enfeitadas de fotos impublicáveis, silêncio, tuas patas, meus olhos tristes.
e nenhuma palavra: só o ar do tempo.
meu corpo está pesado e seco, não posso aprender nada.
não sei mais escrever.
4 comentários:
Esse é o momento da aprendizagem.
de novo, e nada...
entrei aqui e li rapidamente:
carta colorida! ê!
hum...
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