pois que essa vida é mesmo circular: minhas dobraduras adolescentes (aprendidas com carinho no livro presenteado pelo primeiro namorado) nas doze mãos contemporâneas e dadivosas vão espocar num jardim azul de risco no meio da rua mais capital da capital...
que de minhas mãos pequenas nasçam sempre lírios brancos, bênção dos descaminhos tortos da minha ancestralidade oriental, longínqua mas ainda presente nos fios finos dos meus cabelos e na ponta dos dedos que sabem, dramáticos, dobrar flores.
quiçá seja esse o sinal esperado para que assim os dias sem cor voltem a ensolarar.
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