Vou em busca de uma notícia alvissareira. Acabo num sítio de datas comemorativas, alento absolutamente ridículo (condizente com meu prenome) para dias de angústia extrema, como hoje. Hoje, descubro lá, é dia da marinha brasileira, e imediatamente navegam em meus olhos marejados palavras marítimas como cais, porto, imensidão, tempestade, maresia, travessia: que bom, aqui estás, meu barco de ir para o além, graças aos céus, isso há de ser uma boa-venturança. Mas além disso, descubro lá que hoje é dia do educador sanitarista e então um silêncio continental em espiral de tornado toma de assalto meus discurso epifânico, faço esforços anagramáticos e nada, ensaio digressões, mesmo as mais indignas, e nada, associações livres não me ajudam, nada me ilumina, minha fortuna por um fio, putaqueopariu, de nenhuma maneira consigo partir do educador sanitarista e chegar a ti pra ter enfim a certeza de que meus presságios estão equivocados e que, é claro, tudo vai dar certo.
Mas eis que um furacão branco em forma de números me socorre: sanitarista tem 11 letras, hoje é dia 11, e na soma, 22; o dia e o mês somados dão 17. Olho no relógio, 7:27 pm; o memorando em minha mesa data do dia 17/2/2007, e amanhã é dia 12. Pronto. Aí estão, nossos algarismos da certeza. Sossego, já posso voltar pra casa.
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