quinta-feira, 3 de maio de 2007

quentura

Sou forjada na dúvida.
Mas sou de barro de origens geraes, e nos dias de agora, o chão tem de estar por debaixo, horizontes bons, finitos.
Às vezes, até as mínimas possibilidades de certeza ficam tão longe das minhas mãos que chego a desacreditar da minha viabilidade, perco quaisquer óculos de enxergar o algum amanhã.
No calor dos teus braços, ali dentro deles, tudo parece confortar.
Não preciso de ti: a solidão é minha conhecida, meu rosto de resina já caiu, e eu sei ser o quanto for.
Mas te quero aqui, feminil mulherzinha pequena flor vermelha, porque é da natureza do rosal desejar o sempre colorido, o orvalho amanhecido-solar, e brisinhas, seja no inverno das gentes, no estio das misérias, na asfixia das necessidades, nas agonias desenluadas.
É o tempo, sabes... deste ainda preciso aprender o mistério.

2 comentários:

Anônimo disse...

texto selado&bello

lindo moça

Anônimo disse...

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