segunda-feira, 21 de maio de 2007

oração

Deus pai, São Jorge, Santa Teresinha das minhas rosas:

olhem por mim, lupanares sagrados de aleluias, no sombrio da noitinha de vento temeroso, na simesmice das escolhas sempre solitárias, no caminho enevoado que não mostra o passo depois do passo dado.

Guimarães de rosas e de passarada:

esteja sempre aqui comigo pra dar a mão de palavras que desconheço, pra reinventar aquelas que amorosam meu dizer e meu desdizer em belezuras e desdiversos, pra sorrir e chorar com estas que são o meu eumesmim, pra desenhar nosso devir em mãos-patas-dadas, barcais tatuado na carne e na delicadeza, dor e alegria, todos infinitos tudos.

Frutos meus, olhos de imensidão de floresta e ensolarada dos dias:

saibam de todos os jeitos de que fomos feitos por sentir, e mesmo daqueles que ainda aprenderemos, que minha vida, meus olhos, meu cantar, minhas mãos, meu sonhar e meu desfazer são seus, desde sempre e para o sempre, pois que o amor não tem fim nem começo.

E a mim mesma, em nome de todos os anteriores e posteriores:

rogo estar inteira e forte misturada confundida no meu próprio sangue que de muitos é formado formoso, que preciso de mim, e que estes outros precisam ser inteiros para desprecisarem-me.

Amém.

2 comentários:

hpg disse...

a-m-e-n-a-t-r-a-v-e-s-s-i-a

Anônimo disse...

Juliana querida:

lindo seu comentário-desabafo no blog do nosso mano Edu. Eu pedi lá e venho pedir aqui para que vc publique aquele mesmo comentário no meu blog. Sua visão, sem dúvida, acrescentará muito na discussão e dará um grande incentivo a quem ainda não tem uma opinião firme sobre o assunto.

Obrigado pelas palavras. Sou fã dos teus sambas.

B-jão